Na pré-campanha de 2026 no RN, o vice-governador Walter Alves é alvo constante de boatos sobre disputar o governo, apesar de negar repetidamente. Parte dos analistas políticos insiste nessa versão, vinculando-a ao desempenho de Cadu Xavier nas pesquisas. Para esses críticos, a candidatura de Cadu seria apenas uma fachada para outros objetivos, como eleger Fátima Bezerra ao Senado. O texto defende que Cadu foi escolhido por qualidades próprias e que é preciso separar fatos de narrativas fabricadas.
Apesar da aliança firmada com Rogério Marinho (PL) para 2026, o senador Styvenson Valentim (PSDB) tem se ausentado de todos os eventos do Rota 22 no RN, inclusive da visita de Jair Bolsonaro. No próximo fim de semana, o PL realiza em Natal o 16º e último encontro, com presença de Valdemar da Costa Neto e Michelle Bolsonaro. A ausência recorrente de Styvenson reforça a percepção de que ele quer distância do bolsonarismo e compromete a imagem de unidade no palanque.
A Assembleia Legislativa do RN vive um período de intensa movimentação partidária, com lideranças definindo suas posições para 2026. Ezequiel Ferreira articula para fazer do MDB a maior bancada, mirando dez deputados. PL, PT, União Brasil, Solidariedade e PP também ajustam suas fileiras. A meta agora é formar nominatas competitivas, cumprindo a cota de mulheres e garantindo apoio aos atuais parlamentares.
O prefeito Allyson Bezerra exonerou Almir Mariano da Secretaria de Saúde e o realocou para a Secretaria de Programas e Projetos Estratégicos. Morgana Dantas retorna ao comando da Saúde, com Francisco Rosivan como adjunto. As mudanças também atingem Augusto César e cargos do segundo escalão. Na prática, a medida reverte parte da reforma administrativa feita em janeiro, que ainda causa dificuldades operacionais na Prefeitura.
Carla Dickson deixará o União Brasil para se filiar ao PL, após acordo com Valdemar Costa Neto. A mudança busca melhores chances de reeleição, já que no União Progressista a projeção é de apenas quatro vagas, todas disputadas por candidatos fortes. No PL, Carla se junta a General Girão e Sargento Gonçalves, com expectativa de a sigla eleger dois deputados. A decisão causou desconforto por ela ter participado de reuniões estratégicas do grupo que está deixando e vazado informações à imprensa.
Zenaide Maia pode enfrentar um boicote velado no palanque de centro liderado por Allyson Bezerra e articulado por José Agripino. Lideranças como Carla Dickson e parte do União Brasil resistem a apoiá-la. A senadora corre o risco de estar cercada por aliados que não pedem votos para ela. Há temor de que parte do grupo acabe ajudando Styvenson Valentim, seu adversário direto ao Senado.

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