O prefeito Allyson Bezerra tem como principal mentor político o ex-senador José Agripino, que o acompanha de perto em suas articulações. Essa relação fortaleceu-se diante do isolamento político de Allyson em nível estadual. A influência de Agripino trouxe vantagens estratégicas, mas também conflitos de imagem, dada a diferença de perfis entre ambos. O excesso dessa influência, porém, pode limitar a diversidade de conselhos ao prefeito.
A ambiguidade política do senador Rogério Marinho, que, embora afirme ser pré-candidato ao governo do RN, tem concentrado esforços no cenário nacional. Essa indefinição gera desconforto entre aliados e abre espaço para novas lideranças, como Allyson Bezerra. A criação da federação União Progressista reposiciona o jogo político no estado, enfraquecendo Rogério. Ao tentar ocupar dois espaços ao mesmo tempo, o senador corre o risco de perder ambos.
A senadora Zenaide Maia enfrenta um dilema político: alinhar-se ao palanque da governadora Fátima Bezerra ou manter sua aliança com o prefeito Allyson Bezerra. O cenário ficou mais complexo após declarações de lideranças do governismo e da oposição. Ambas as frentes impõem condições que tornam inviável a união dos três nomes. O resultado mais provável: a separação política entre Zenaide e Allyson.
Enquanto as disputas políticas no RN se intensificam, uma guerra paralela acontece nos bastidores: a do controle da mídia. Os grupos de Rogério Marinho, Fátima Bezerra e Alysson Bezerra investem pesado em comunicação estratégica. A disputa vai além da visibilidade — envolve influência, conteúdo e estrutura. Nada é improvisado, e cada passo é milimetricamente planejado.
O tabuleiro político do RN ganhou novo movimento com a declaração de Jaime Calado em favor de Alysson Bezerra para governador, contrariando o plano do governo estadual. A resposta veio rápida e firme: o PT não aceita Alysson no palanque. O impasse agora recai sobre Zenaide Maia, que terá de escolher entre a fidelidade a Alysson ou os benefícios da aliança com Fátima. O próximo lance está nas mãos dela.
O senador Styvenson Valentim construiu sua carreira com um discurso antipolítica, recusando benesses e alianças. Após fracasso nas urnas em 2022, mudou de postura, aliou-se a Rogério Marinho e passou a atuar como político tradicional. Com o afastamento de Marinho, reconectou-se com o eleitorado pelas redes sociais. Hoje, reedita sua imagem de outsider e lidera as pesquisas para o Senado.

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