Circula em Mossoró o rumor de que Fátima Bezerra pretende convidar Fafá Rosado para a primeira suplência ao Senado. Embora não confirmada, a ideia tem lógica estratégica. Com Allyson transferindo votos para Zenaide, Fátima precisa reagir no segundo maior colégio eleitoral do RN. Apostar em Fafá pode ser a chave para equilibrar o jogo.
Uma fala da governadora Fátima Bezerra em Martins — chamando Mariana Almeida de “vice de Cadu” — colocou a prefeita de Pau dos Ferros no centro das especulações sobre 2026. Apesar do comentário parecer espontâneo, ele revelou possíveis articulações em curso. No entanto, Mariana enfrenta obstáculos partidários e o risco político de deixar a prefeitura por uma candidatura incerta. Enquanto isso, mantém boas relações com Fátima e Allyson Bezerra. Mariana, por ora, segue em silêncio — mas sob os holofotes.
O prefeito Allyson Bezerra nunca declarou publicamente que será candidato ao Governo do Estado, embora tudo aponte nessa direção. A bancada do Mais Política entende que essa omissão não altera o cenário político atual. Seu nome já é amplamente reconhecido como pré-candidato, com sinais evidentes de movimentação nesse sentido. A oficialização, quando vier, não mudará apoios ou estratégias. Para muitos, o jogo já começou — mesmo sem anúncio formal.
A exigência de Rogério Marinho para que Allyson Bezerra rompa com Zenaide Maia, como condição para diálogo político, tem lógica e coerência ideológica. Rogério, como líder do PL, não pode apoiar a vice-líder do governo Lula. Por outro lado, Allyson não pode rifar uma aliada influente e um partido estratégico como o PSD. O impasse torna o diálogo inviável, ainda que ambos tenham argumentos legítimos. Caminhamos para uma disputa com três palanques competitivos no RN.
O senador Rogério Marinho afirmou que a aliança com Allyson Bezerra só pode ser discutida se este romper com a senadora Zenaide Maia. A exigência, considerada inaceitável, serve como pré-condição para iniciar um diálogo — sem qualquer garantia de acordo. A estratégia repete o método usado por Rogério em 2024, quando buscou justificar seu rompimento com o prefeito de Mossoró. Ao impor barreiras intransponíveis, o senador tenta evitar o desgaste de ser visto como o responsável por dividir a oposição. A união dos opositores no RN, mais uma vez, parece distante.
Há especulações de que Rosalba Ciarlini poderia disputar o Senado ao lado de Fátima Bezerra. Rosalba está politicamente inativa, sem grupo, partido, articulação ou estrutura financeira. A performance apagada de Rosalba nas eleições de 2024. O PT dificilmente abriria mão de um nome próprio para compor com alguém fora de sua base. Quase ninguém acredita na viabilidade da proposta.

SOBRE NETO QUEIROZ

SOBRE O BLOG