Em entrevista, João Maia confirmou o cenário de três palanques em 2026 e disse não acreditar na união da oposição no primeiro turno. Apontou a dificuldade de Zenaide Maia superar Fátima Bezerra na disputa pelo Senado e criticou a postura indefinida de Álvaro Dias. Declarou apoio a Allyson Bezerra, a quem vê como favorito. Nos bastidores, articula a indicação de sua esposa, Shirley Targino, para a vaga de vice — o que pode explicar sua descrença na aliança entre Rogério Marinho e Allyson já no primeiro turno.
Com a possibilidade de uma aliança entre União Brasil e PL, cresce a pressão sobre o prefeito Allyson Bezerra para que retire Zenaide Maia de sua chapa. O PL e o senador Styvenson rejeitam totalmente a presença de Zenaide no mesmo palanque. A senadora, porém, já decidiu que seguirá com Allyson, mesmo recusando dobradinha com o PT. A dúvida agora é se Allyson manterá a aliada ou cederá às pressões bolsonaristas. O cenário mais provável ainda é a existência de três palanques e união apenas no segundo turno.
José Agripino e Paulinho Freire estão articulando nos bastidores para convencer Rogério Marinho a desistir da candidatura ao Governo e promover a união da oposição no RN. O prefeito Allyson Bezerra confirmou que Agripino conduz essas conversas. Um dos principais entraves é a presença de Zenaide Maia como candidata ao Senado na chapa de Allyson, o que inviabiliza a aliança com o PL. A postura crítica de Styvenson Valentim também dificulta o diálogo. Apesar dos esforços, ainda há forte resistência à união dos dois palanques oposicionistas.
A disputa pelas dez vagas de deputado federal do RN em 2026 deve se concentrar em quatro nominatas principais. A mais forte é a da Federação União Brasil-PP, com projeção de até quatro eleitos. PT-Rede-PCdoB tenta repetir o desempenho de 2022 e mira em três vagas. O MDB busca viabilizar uma chapa com Carlos Eduardo, Kelps Lima, Rafael Motta e Abraão Lincoln, com possibilidade de até dois eleitos. O PL depende de novas filiações para tentar ampliar sua bancada — enquanto outras siglas, como PDT, Republicanos e PSD, ainda enfrentam dificuldades para formar nominatas competitivas.
Em 2025, o RN receberá R$ 1,04 bilhão em emendas parlamentares. No entanto, os parlamentares transformaram emendas coletivas em instrumentos de uso individual. Com ações genéricas como prioridade, cada um indica livremente o destino da verba. A consequência: obras estruturantes desaparecem e o destino do dinheiro vira um mistério.
Rogério Marinho viu seu projeto de integrar uma chapa presidencial pelo bolsonarismo enfraquecer consideravelmente. Embora tenha tido seu nome incluído em pesquisa nacional a pedido de Bolsonaro, o desempenho decepcionante esfriou qualquer entusiasmo. Com Tarcísio cotado para ser o candidato e um Bolsonaro como vice, sobram poucas alternativas viáveis. O máximo que Rogério pode alcançar é um posto técnico no partido, sem protagonismo. A tendência é que dispute o Governo do RN em 2026.

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