Allyson Bezerra mantém a posição de só discutir decisões políticas no próximo ano, mas já sinaliza que qualquer anúncio será alinhado previamente com a federação PP/União Brasil e aliados. O lançamento oficial da pré-candidatura deve ocorrer em janeiro, seguido da renúncia ao cargo de prefeito em data ainda indefinida. Há debate interno sobre o melhor momento para o afastamento, variando entre logo após o anúncio ou no limite legal de 2 de abril. A ideia de unificar a oposição por meio de pesquisa existe, mas não encontra apoio: a candidatura de Allyson é considerada definitiva.
Circulam em Natal especulações de que Walter Alves poderia não assumir o Governo após a renúncia prevista de Fátima Bezerra, abrindo caminho para candidaturas dele e de Garibaldi Filho em 2026. Nesse cenário, o Governo seria assumido por Ezequiel Ferreira, que conduziria o projeto do MDB. Há ainda uma versão em que o comando passaria ao presidente do TJRN, com eleições indiretas em seguida. Apesar dos rumores, a análise aponta que a renúncia ao Governo não faria sentido estratégico para Walter.
O acordo entre Rogério Marinho e Álvaro Dias prevê que, se Rogério disputar o Governo do Estado, Álvaro concorrerá ao Senado; caso contrário, Álvaro será o candidato ao governo pelo grupo. Rogério recebeu de Jair Bolsonaro o convite para coordenar nacionalmente as campanhas do PL, função que ampliaria sua projeção política. A possível saída de Bolsonaro da linha de frente deve aumentar a pressão para Rogério aceitar. Com esse cenário, Álvaro vê crescerem suas chances dentro do PL.
Zenaide Maia intensificou sua presença em Mossoró e já financiou dez UBS inauguradas, com outras cinco em construção. Sua atuação prática a coloca em destaque entre os políticos que podem reivindicar serviços prestados à cidade. Embora criticada pela concentração de esforços no município, a senadora consolida forte capital eleitoral no segundo maior colégio do RN. A estratégia contrasta com análises que projetam ampla vantagem de Alysson Bezerra na cidade. A aproximação com o prefeito reforça a tentativa de unir sua votação à dele.
Jean Paul Prates oficializou sua saída do PT, movimento que já era esperado há meses. Ele planeja disputar um cargo em 2026 e deve buscar filiação em algum partido governista, rejeitando a centro-direita. Embora tenha integrado um grupo de independentes para a formação de uma chapa, distanciou-se das articulações. Suas opções mais prováveis são o MDB ou partidos da federação Brasil da Esperança, embora estes tenham menos recursos. Para viabilizar a candidatura, Jean precisa acelerar a montagem de base e alianças.
O gesto de Jair Bolsonaro ao tentar romper a tornozeleira não aponta para fuga nem para surto, mas para uma ação calculada. O objetivo foi gerar impacto político e pressionar o Congresso a votar a anistia. Com o tema perdendo força, o ex-presidente buscou mobilizar aliados e reacender o debate. A manobra representa sua última tentativa de evitar o cumprimento da pena.

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