A Câmara dos Deputados vota hoje mudanças na dosimetria das penas, com impacto direto nas condenações de Jair Bolsonaro e de envolvidos no 8 de janeiro. O texto prevê impedir a cumulação de crimes, permitir progressão após 1/6 da pena e reduzir tempo por trabalho. Na prática, a nova regra pode diminuir drasticamente a pena do ex-presidente. Bolsonaristas ainda tentarão aprovar um destaque que transforme a proposta em anistia.
Allyson Bezerra afirma não descartar uma união política com o vice-governador Walter Alves, destacando que sempre mantiveram boa relação institucional. No entanto, condiciona qualquer aproximação a um rompimento de Walter com o atual Governo e à defesa clara de mudanças para o RN. O prefeito avalia que a decisão terá impacto direto na imagem do vice, inclusive pela herança política do pai. Allyson reforça que seu grupo é formado por forças que propõem renovação e não aceitam continuidade das práticas atuais.
Uma ala do PL potiguar defende mudanças na chapa majoritária: Álvaro Dias como vice de Rogério Marinho e o coronel Hélio como nome do PL ao Senado, em dobradinha com Styvenson. O grupo argumenta que Hélio ampliaria o apelo bolsonarista no Estado. Para Álvaro, a vice seria financeiramente vantajosa e não exigiria mudança partidária. Mesmo assim, ele resiste, avaliando que a candidatura ao Senado lhe garante maior protagonismo político.
Jean Paul Prates oficializou filiação ao PDT e recebeu controle total da sigla no RN. Embora fale em disputar Câmara ou Senado, seu objetivo principal é repetir 2014 e ser o primeiro suplente de Fátima Bezerra. Ele vê pouca chance de vitória direta, diante da força atual de Styvenson. Sem capacidade para montar uma nominata competitiva, o PDT deve se alinhar ao PT em troca da suplência.
A sucessão no RN em caso de dupla vacância está sem regulamentação após o STF declarar inconstitucional a norma que dispensava eleição no último ano de mandato. Antes, a Constituição estadual permitia que o presidente da Assembleia ou do TJ assumissem até o fim do período, sem necessidade de votação. Com as ADIs 7085 e 7138, essa regra foi anulada. Agora, o Estado vive um limbo jurídico, aguardando que a Assembleia Legislativa aprove uma nova disciplina para definir quem assume e como ocorrerá a eleição indireta.
Rogério Marinho passou todo o ano de 2025 dividido entre disputar o Governo do RN ou assumir a coordenação das campanhas nacionais do PL. Embora tenha dado passos claros rumo ao lançamento de sua pré-candidatura, ainda mantém discursos ambíguos. Em recente entrevista, voltou a relativizar sua decisão, citando incertezas no cenário nacional. O movimento reforça a percepção de que sempre deixa aberta uma porta para recuos estratégicos.

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