A pré-candidatura da primeira-dama de Mossoró, Cínthia Pinheiro, à Assembleia Legislativa ainda não abalou visivelmente a estrutura política do prefeito Allyson Bezerra, mas já provoca tensões. A adesão parcial da bancada governista da Câmara e a reação de vereadores que preferem apoiar outros candidatos prenunciam conflitos. A "autorização" para múltiplos apoios pode ser apenas simbólica, com sanções práticas no uso da estrutura da Prefeitura. A gestão tenta manter a coesão, mas rupturas são inevitáveis. A disputa interna será um teste de lealdade e força para 2026.
Com a esperada renúncia do prefeito Allyson Bezerra em abril de 2026 para disputar o Governo do Estado, a política mossoroense entra em um novo ciclo. O foco se volta agora para o cenário pós-Allyson, com a ascensão do vice Marcos Bezerra à Prefeitura. A permanência da influência de Allyson, a autonomia de Marcos, a coesão do grupo político e os desdobramentos para 2028 compõem os principais pontos de atenção. O futuro do grupo aliado e a imagem do novo prefeito serão determinantes. Mossoró entra num momento de transição delicado e estratégico.
Hugo Motta pediu mais tempo a Davi Alcolumbre para tentar derrubar o veto de Lula à proposta que aumentava o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Ele quer articular o apoio de bancadas de estados que perderiam vagas se o projeto não for aprovado. O STF deu prazo até 30 de junho para que o Congresso resolvesse a redistribuição, sob pena de o TSE fazê-lo. A articulação enfrenta resistência. Hoje, não haveria votos suficientes para derrubar o veto.
A condição colocada por Rogério Marinho para dialogar com a Federação União Progressista foi mal interpretada. Ele nunca disse que apoiaria Allyson Bezerra caso este rompesse com Zenaide Maia. O que Rogério, via PL, exigiu foi apenas que Zenaide não integrasse a chapa para que um diálogo fosse iniciado. Ou seja, não há acordo, nem real interesse de entendimento entre os lados. A exigência funciona como trava, não como abertura.
O senador Rogério Marinho reafirmou sua candidatura ao governo do RN em 2026 e prometeu lançar um projeto de transformação para o Estado. Em tom crítico, alfinetou adversários com insinuações sobre “saltinhos e vídeos”, possivelmente mirando Allyson Bezerra. Afirmou que a direita está unida no PL e descartou abrir mão da candidatura. Rogério deixou claro que o foco é ter palanque próprio no próximo pleito.
O TRE-RN reconheceu cerceamento de defesa na ação que absolveu Allyson Bezerra da acusação de gastos irregulares com publicidade em 2024. O juiz de primeira instância havia negado perícia entre planilhas da Prefeitura, TCE e agências, além da quebra de sigilo bancário. O TRE determinou a reabertura da instrução para correção da falha. A decisão não condena o prefeito, mas garante o contraditório. A ação retorna à primeira instância para novo exame técnico das provas.

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