O perfil de Marcos Medeiros, vice-prefeito que assumirá Mossoró em janeiro de 2026, após a renúncia de Allyson Bezerra. Marcos é descrito como humano, solidário e ético, com fama de profissional competente e ordeiro. Diferencia-se do estilo de Allyson, considerado vaidoso e centralizador. Sua lealdade foi determinante para ter sido escolhido vice. O desafio será conciliar sua sensibilidade com as exigências de governar, sem perder a humildade e o caráter humanista.
A postura de Rogério Marinho na pré-campanha de 2026, marcada por um duplo projeto: sonhar com a Presidência e disputar o Governo do RN. Sua agenda tem sido mais voltada para Brasília, em especial na CPMI do INSS, do que para o Estado. Isso contrasta com a movimentação intensa de adversários como Allyson e Cadu. Rogério carrega alta rejeição e aposta em um discurso bolsonarista radical, diferente do tom conciliador de 2022. As incertezas sobre sua candidatura abrem espaço para movimentos de Styvenson e Álvaro Dias.
A nova pesquisa do Instituto Seta, feita entre 13 e 15 de setembro com 1.500 eleitores, mostra Allyson Bezerra em recuperação após queda registrada em junho. Rogério Marinho segue em trajetória de crescimento, saindo de 14,2% em abril para 17,2% em setembro. O destaque, porém, é Cadu Xavier, que se aproxima de Rogério ao ser identificado como “candidato de Lula” pelos entrevistadores. A diferença de abordagem em relação a outros institutos ajuda a explicar sua melhor performance. No geral, os números mantêm Allyson na frente, mas apontam cenário mais competitivo para 2026.
A pesquisa do Instituto Média Inteligência, divulgada em parceria com o Blog O Potengi, ouviu 1.600 eleitores em 75 municípios do RN. Os resultados mostram Allyson Bezerra na liderança em todos os cenários, variando entre 25,1% e 31,2%. Rogério Marinho e Álvaro Dias aparecem sempre como principais adversários, chegando a 25% em disputas sem a presença um do outro. Walter Alves e Cadu Xavier figuram em posições mais modestas. A ausência de um cenário com Allyson, Rogério e Cadu juntos chama atenção pela relevância para o quadro atual.
O TCE determinou que o Governo do RN apresente, em até 60 dias, um plano para recuperar a previdência estadual, que acumula déficit de R$ 54,3 bilhões. Hoje, o Estado injeta mensalmente R$ 150 milhões para pagar aposentados. Parte da crise foi agravada pelos saques de Rosalba Ciarlini e Robinson Faria, que retiraram mais de R$ 1,2 bilhão do Fundo Previdenciário. O cenário aponta para uma nova reforma previdenciária, após a última realizada em 2021.
A incoerência da proposta de redução de penas no Projeto de Lei da Dosimetria, que nasce para favorecer condenados ligados ao 8 de janeiro e, sobretudo, Bolsonaro. A função social das penas e a proporcionalidade no Código Penal perdem seu sentido, transformando punições em mera formalidade. Há uma mudança de pauta no Congresso, que deixou de debater endurecimento das leis para discutir blindagens e anistias. No fim, se conclui que a justiça penal só se aplica com rigor aos pobres e marginalizados.

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