Pesquisas recentes recolocaram Carlos Eduardo Alves no debate político potiguar. Filiado ao PSD, ele avalia a possibilidade de ser vice de Allyson Bezerra, mas a vaga já está prometida ao PP. Caso fique de fora, o ex-prefeito pode migrar para o MDB e disputar vaga de deputado federal — o caminho mais provável no momento.

A governadora Fátima Bezerra sancionou a Lei nº 794/2025, que cria o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da Educação do RN. A medida assegura progressões por mérito e formação, reduz o tempo de ascensão funcional e prevê ganhos salariais. O plano também garante correção anual pelo IPCA e estende benefícios a aposentados com paridade.

Após a derrota da medida provisória que aumentaria a arrecadação de tributos, o governo Lula estuda punir deputados que ocupam cargos e recebem emendas, mas votam contra o Planalto. No Rio Grande do Norte, os casos envolvem Benes Leocádio, João Maia e Robinson Faria. Mesmo na oposição, mantêm aliados em cargos federais. O governo agora ameaça cortar emendas e endurecer o controle político.

O deputado Ezequiel Ferreira iniciou uma prestação de contas de sua gestão na Assembleia Legislativa, listando ações típicas do Executivo, como doações de ambulâncias e viaturas. Apesar do discurso de economia, a Casa mantém mais de dois mil cargos comissionados. A Constituição define o papel do Legislativo como legislar e fiscalizar — não executar políticas públicas. A prestação de contas, portanto, revela um Legislativo com vocação de gestor.

Enquanto a maioria observa 2026, o olhar se volta para 2028 e para o cenário político de Mossoró. Três nomes se destacam no governismo e outros três na oposição. Marcos Medeiros, Thiago Marques e Petras Vinícius se movem sob a liderança de Allyson Bezerra. Do outro lado, Jorge do Rosário, Lawrence Amorim e Isolda Dantas mantêm acesa a disputa pelo protagonismo futuro.

O vice-governador Walter Alves pediu para não ter mais seu nome incluído nas pesquisas sobre 2026, reforçando que não será candidato ao governo. Enquanto isso, Carlos Eduardo busca espaço nas sondagens, mesmo sem respaldo partidário. O episódio expõe o descompasso entre o discurso político e as narrativas midiáticas que insistem em criar versões próprias dos fatos.