O deputado Robinson Faria agendou para o mês de junho, provavelmente dia 10, para o ato de filiação ao Partido Progressistas (PP). Ele deixa o PL e ingressa em uma nova sigla com vistas à sua reeleição em 2026. Robinson já obteve do PL a carta de anuência, autorizando sua migração partidária. Com isso, ele evita o risco de que o PL recorra à Justiça para reivindicar o mandato com base na fidelidade partidária.
A chegada de Robinson ao PP ocorre em um momento em que a sigla se uniu ao União Brasil, formando a federação denominada “União Progressistas”. Os dois partidos passarão a atuar como uma única legenda nas eleições do próximo ano, com uma nominata conjunta para os cargos de deputado estadual e federal.
Com a adesão de Robinson, a federação passa a contar com quatro deputados federais com mandato: João Maia, Benes Leocádio, Carla Dickson e o próprio Robinson. Como o poder decisório da federação nos estados considera a representação federal de cada partido, agora PP e União Brasil têm dois deputados federais cada, criando um cenário de equilíbrio interno. Caso Carla Dickson migre para o PL, o comando da federação no Rio Grande do Norte tende a ficar com o PP.
A filiação de Robinson fortalece a tese de que o grupo formará um chapão competitivo para deputado federal em 2026. Além dos quatro parlamentares já em exercício, há a expectativa de que candidatos do União Brasil, apoiados pelos prefeitos de Natal, Mossoró e Parnamirim, também integrem a disputa.
Outro ponto relevante diz respeito à atuação conjunta dos dois partidos da federação na definição dos palanques estaduais para 2026. O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que integra a federação, espera contar com apoio unificado para sua provável candidatura ao governo do estado. Robinson ainda não se posicionou sobre o nome de Allyson, mas poderá ser uma voz decisiva no momento em que a federação precisar fechar questão sobre o candidato ao governo.
