União Progressista em xeque: quem decide o rumo da oposição no RN?

E se houver um impasse dentro da federação União Progressista — que une o União Brasil e o PP — aqui no Rio Grande do Norte, em relação a qual caminho seguir em 2026? A pergunta é pertinente, porque as nuvens da política potiguar indicam que o campo oposicionista terá dois palanques distintos.

O impasse, todos sabem qual é: Paulinho Freire quer levar a federação para o lado de Rogério Marinho, enquanto José Agripino prefere sustentá-la no palanque de Allyson Bezerra. Daí, surge a questão central: quem tem o poder de decisão dentro da federação?

Pelo acordo celebrado entre União Brasil e PP, o partido com maior número de deputados federais no estado detém a palavra final nas decisões. Quando a federação foi formada, o União Brasil do RN tinha dois deputados e o PP, apenas um. Esse cenário muda agora: no dia 10 de junho, o deputado Robinson Faria se filia ao PP, empatando o placar — dois a dois.

E há mais uma possível mudança à vista: Carla Dickson estaria prestes a deixar o União Brasil para se filiar ao PL. Se isso se confirmar, o placar se inverterá: dois deputados no PP (João Maia e Robinson Faria) contra apenas um no União (Benes Leocádio).

No momento, essa disputa parece não ter estourado, já que João Maia e José Agripino têm falado a mesma língua, mantendo uma espécie de gestão compartilhada. Mas o clima deve mudar quando o litígio se instalar de fato, e a federação tiver que decidir entre os palanques de Allyson ou Rogério.

Caso não haja acordo, a decisão será de quem tiver, estatutariamente, o poder. Portanto, é bom acompanhar essa questão com atenção — o desfecho dela pode definir os rumos da oposição em 2026.

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