O cerco governista sobre Zenaide Maia continua se fechando. Agora foi o secretário de Saúde do Estado, Alexandre Mota, quem cobrou uma posição da senadora: ela vai ou não estar no palanque governista?
Outro movimento na mesma direção partiu do vice-governador, Walter Alves, que afirmou que, caso Zenaide e o PSD não integrem a aliança, caberá ao MDB indicar o segundo nome da chapa para o Senado. Waltinho destacou que o partido ainda não tem esse nome definido, mas defende que a escolha deve ser feita pelo MDB.
Sucessivas declarações de membros da linha de frente do governo estadual apontam para um mesmo alvo: pressionar Zenaide por uma definição. Tanto a senadora quanto seu esposo, Jaime Calado, afirmaram que a decisão não será tomada agora e que ainda há tempo para aprofundar as conversas.
Mas os sinais emitidos pelas lideranças petistas indicam o contrário. O PT não pretende esperar indefinidamente e enxerga uma tendência de que Zenaide rejeite a aliança para permanecer no projeto político do prefeito Allyson Bezerra.
A legenda quer tempo para se reorganizar e entende que, se a decisão ficar para o fim do ano, como desejam Zenaide e Jaime, haverá prejuízos para a formação de uma nova composição.
Caso a senadora opte por não participar da aliança, o caminho será a indicação da vaga ao Senado pelo MDB. O acordo firmado com o partido de Waltinho é claro: a legenda terá direito de indicar o vice ou o senador. Sem Zenaide, a preferência caminha para a vaga ao Senado.