O primeiro dia da passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Rio Grande do Norte transcorreu sem qualquer menção à possível candidatura de Rogério Marinho ao Governo do Estado. Bolsonaro chegou ao estado no final da manhã de ontem, almoçou no restaurante Camarões com influenciadores digitais, recebeu o título de cidadão natalense na Câmara Municipal de Natal e visitou as obras de engorda da praia de Ponta Negra.
Em nenhum momento, o ex-presidente fez declarações que indicassem apoio à candidatura de Rogério ou sequer mencionou que ele tem esse projeto político. Causa estranheza o fato de Bolsonaro cumprir uma agenda nitidamente política no Rio Grande do Norte sem fazer referência alguma ao principal plano que o PL supostamente desenvolve no Estado.
Vejam bem, não estou afirmando que Bolsonaro apoia ou deixa de apoiar Rogério. O ponto aqui é a ausência de qualquer sinalização concreta, por parte do ex-presidente, de que esse projeto realmente exista. Ao se manter em silêncio, Bolsonaro reforça a impressão de que a candidatura de Rogério Marinho ao governo estadual talvez não passe de uma construção hipotética — e que, na prática, o verdadeiro foco seja outro, possivelmente uma candidatura nacional.
Embora Rogério Marinho insista em afirmar que é, de fato, pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte, e que esse é seu plano A, o silêncio de Bolsonaro em relação a algo tão prioritário soa, na prática, como uma confissão de que a prioridade pode ser outra.
Resta aguardar se, no segundo dia de agenda — com visitas a vários municípios do Seridó e, à noite, ao Mossoró Cidade Junina —, ou até mesmo amanhã, durante o evento Rota 22, no Hotel Garbos, em Mossoró, o ex-presidente finalmente mencionará Rogério como candidato a governador e anunciará seu apoio integral à candidatura.