A polarização entre esquerda e direita, bolsonaristas e petistas, já apresentou suas credenciais para 2026. Está nas ruas, nos grupos de WhatsApp, no grupo da família, no trabalho, na faculdade. Invadiu as redes sociais e domina soberana, com milhões de postagens diárias.
E que não se iluda quem acha que a eleição do ano que vem vai escapar dessa realidade.
Não estou defendendo a polarização. Nem o fla-flu político. Tampouco acho que esse seja o verdadeiro debate — que, aliás, passa longe das boas políticas públicas. Mas essa é a realidade. E, em 2026, ela estará mais viva do que nunca.
Digo isso com os olhos voltados para o Rio Grande do Norte. De um lado, o PT; do outro, o PL. Fátima Bezerra e Rogério Marinho. Petismo e bolsonarismo. Muito provavelmente se atacando — e quanto mais barulho fizerem, mais atenção concentrarão. Os dois polos sobrevivem desse embate, se alimentam um do outro.
E, no meio, a chamada terceira via, representada pelo bloco em torno de Allyson Bezerra. Tentando não ser engolido ou apagado pela polarização. Já ouvi Allyson dizer, mais de uma vez, que não acredita no domínio desse debate polarizado. Para ele, o que interessa é o debate sobre o futuro do Estado.
A eleição de 2024 em Natal é um exemplo a ser lembrado: a polarização engoliu Carlos Eduardo Alves.
É bom Allyson ficar atento. Se estiver certo, nadará de braçada rumo à vitória. Se estiver enganado, verá a caravana passar.
Bom, o marketing de cada candidato que pense suas estratégias e justifique a dinheirama que recebe. Meu objetivo com esta postagem é afirmar que acredito fortemente que a polarização será, mais uma vez, o fator determinante da eleição — com todos os desdobramentos que isso implica.