Uma das grandes questões que se colocam para as eleições de 2026 no Rio Grande do Norte é se a governadora Fátima Bezerra e o presidente Lula vão conseguir reverter os índices de desaprovação de suas gestões.
É inegável que a resposta a essa pergunta será fundamental para se estabelecer previsões mais claras sobre o desfecho das eleições gerais do ano que vem. É muito difícil prever alguma coisa no momento atual, dadas as oscilações na economia, nas questões internacionais, na guerra ideológica e nas disputas judiciais.
Os últimos números apontam que o governo Lula parou de cair e, em alguns casos, voltou a subir. No caso do governo Fátima, as entregas que estão sendo realizadas — e as previstas — funcionam como sinais de que pode haver uma reversão no quadro de desaprovação.
Mas tudo ainda é muito instável. Fátima aposta na duplicação da BR-304 e na recuperação das estradas como peças-chave de propaganda para demonstrar desempenho. Lula, por sua vez, ganhou algum fôlego com a tensão econômica com os Estados Unidos e ainda pode se beneficiar da possível condenação de Jair Bolsonaro, fato que pode mexer com o pensamento do eleitorado.
No RN, Fátima mostra bons números na segurança pública, mas é alvo de críticas pesadas em relação à educação. As estradas e hospitais saíram das manchetes, e os indicadores do Ideb entraram no foco negativo. A governadora enfrenta oposição ferrenha da imprensa, especialmente a de Natal — o que faz parte do jogo político, afinal, a oposição faz o que se espera dela: oposição.
Ninguém é capaz de prever quais cenários estarão desenhados daqui a exatamente um ano, quando se inicia oficialmente o período eleitoral.
Qual será o desfecho do julgamento de Bolsonaro? Como se comportará a economia diante da pressão dos EUA? Como o eleitor avaliará a terceira gestão de Lula? Tarcísio Freitas será o nome do bolsonarismo, do centrão e da mídia?
No RN, Fátima estará melhor ou pior avaliada? Serão mesmo três palanques — com Rogério, Allyson e Cadu? Em qual palanque estará Zenaide? Alguma decisão judicial mudará os rumos da eleição estadual?
Enfim, estamos a um ano do pleito. Como todos dizem, muita água ainda vai passar por baixo da ponte. Ainda é cedo para cravar certezas. O tempo é de projetar, trabalhar e tentar colher os frutos.