Assisti à entrevista do senador Ciro Nogueira (PP) no Canal Livre, da Band, e me chamou a atenção a análise de que o favoritismo de Lula decorre do fato de apenas um time ter entrado em campo. Segundo ele, assim que a direita colocar seu time em campo — e com os bons jogadores que tem —, o quadro deve mudar.
A questão é saber qual time a direita vai escalar. Na opinião de Ciro Nogueira, será o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Ciro é um defensor declarado do nome de Tarcísio.
Aproveito o assunto para expressar minha opinião sobre quem acredito que venha a ser o candidato da direita e o candidato do bolsonarismo. Essa definição é crucial, pois há muitas idas e vindas dentro dos partidos do Centrão.
Acredito firmemente que o candidato da direita será o mesmo do bolsonarismo: o governador Tarcísio de Freitas. Ele será candidato e será o principal nome a enfrentar Lula em 2026.
Há diversas razões para isso. A começar pelo fato de Tarcísio afirmar que disputará a reeleição em São Paulo, mas sem demonstrar, em suas falas ou gestos, qualquer indício de que pretende permanecer no governo paulista. Todos os sinais apontam para uma candidatura presidencial.
Além disso, Tarcísio só será candidato com o aval de Bolsonaro — e esse aval será público, claro e direto. Bolsonaro não tem outra opção. É Tarcísio ou ninguém. Nem mesmo dentro da própria família há alternativa viável. A situação de Eduardo Bolsonaro hoje é muito mais uma negociação sobre o futuro político e financeiro do “filho 03” do que qualquer outra coisa.
Michelle Bolsonaro deverá ser candidata ao Senado por Brasília; Flávio Bolsonaro disputará o Senado pelo Rio de Janeiro; e Carlos Bolsonaro, por Santa Catarina. Resta definir a situação de Eduardo, que está valorizando seu passe para negociar em melhores condições.
No tempo certo — possivelmente no início do próximo ano — Jair Bolsonaro anunciará Tarcísio como seu candidato. E o verdadeiro embate de 2026 será entre Lula e Tarcísio.
