O MDB potiguar tem massificado nos últimos dias a informação de que o partido pretende eleger, em 2026, dez deputados estaduais e dois deputados federais. A principal voz por trás dessa meta é a do vice-governador Walter Alves, que tem repetido em diversas ocasiões que a prioridade será a eleição dos dois federais.
Apesar do discurso confiante, há uma forte desconfiança de que Walter possa estar blefando. Enquanto insiste na meta ambiciosa, o vice-governador hoje é incapaz de citar um único nome que integrará a nominata do MDB.
Quando confrontado sobre quem fará parte da chapa, Walter costuma desconversar, alegando que as tratativas ainda estão em andamento. O partido, por sua vez, sequer tem condições de afirmar qual será o papel de Ezequiel Ferreira nessa composição. O presidente da Assembleia Legislativa ainda não decidiu se será candidato a deputado federal ou estadual.
A dúvida, portanto, não está na capacidade do MDB de traçar metas ousadas — até porque Walter deve assumir o Governo e, com isso, terá condições de fortalecer sua nominata —, mas sim no fato de que, no momento, tudo não passa de um conjunto de “ses”.
A única informação concreta sobre as articulações internas do MDB veio do deputado estadual Dr. Bernardo, que reclamou publicamente de estar sendo vetado da nominata federal por Kelps Lima.
Esse episódio indica que o grupo autodenominado “independente” — composto por Kelps Lima, Carlos Eduardo, Rafael Motta e Abraão Lincoln — estaria em conversas com o MDB. É o movimento mais palpável até agora dentro de um cenário ainda cercado de especulações.