A federação partidária que reúne PT, PV e PCdoB deve se reunir nos próximos dias para tentar estancar um princípio de crise interna. As siglas não estão falando a mesma língua quando o assunto é a nominata para deputado federal.
Enquanto PV e PCdoB estudam alternativas para lançar nomes com maior peso eleitoral, o PT resiste à ideia de que as duas legendas sirvam apenas como muletas para pré-candidatos que buscam facilidades na disputa por uma vaga na Câmara.
O impasse tem nome — na verdade, dois nomes: Thabatta Pimenta e Dr. Bernardo Amorim. Ambos negociam a entrada na nominata da federação por meio de uma das siglas menores. O PT, porém, está disposto a fechar a porta.
Há ainda a possibilidade de Carlos Eduardo Alves se filiar a uma das siglas, visando disputar também vaga de deputado federal.
O PV já conversou com Thabatta (na foto acima ao lado de Lula) e chegou a convidá-la para se filiar ao partido e disputar vaga de deputada federal. Em 2022, ela obteve 40.533 votos quando concorreu pelo PSB.
Já o Dr. Bernardo Amorim confirma conversas com PV e PCdoB visando integrar a chapa federal. Inicialmente, ele pretendia disputar pelo MDB, mas afirma estar sendo vetado no partido pelo ex-deputado Kelps Lima — motivo pelo qual passou a buscar novas alternativas.
O veto do PT aos dois nomes é estratégico. O partido acredita na possibilidade de eleger três deputados federais e quer concentrar as candidaturas em nomes próprios. Para isso, aposta em Samanda Alves e Odon Júnior, dois nomes de dentro do partido e que devem ter densidade eleitoral.
PV e PCdoB, por sua vez, se recusam a ser coadjuvantes, servindo apenas de esteira e defendem maior equilíbrio dentro da federação.
O argumento petista é que nomes de última hora possuam identificação com as bandeiras da federação e não estejam apenas tentando pegar carona na força eleitoral do PT.
A discussão promete esquentar os bastidores e gerar intensos debates nas próximas semanas.