O prefeito de Natal, Paulinho Freire, é quase uma unanimidade na mídia natalense. Todas as ações de sua gestão são aplaudidas exaustivamente. Tudo que ele faz, tudo que toca, tudo que diz é motivo de elogios — muitos elogios — é adorado entre muitos formadores de opinião.
Basta surgir alguma crítica que tenha Paulinho como alvo, e logo se levanta um batalhão na mídia em sua defesa. Nas entrevistas que concede, a praxe é a turma levantar a bola para Paulinho matar no peito e meter o voleio para o gol.
É bem verdade que a propaganda da Prefeitura está em tudo quanto é site e blog. Paulinho é parceiro, paga em dia.
Não quero aqui criticar as parcerias de publicidade da mídia de Natal. É justo que cada profissional ou empresa que investe no seu canal, trabalha e se esforça, mereça os contratos de parceria que consegue obter. Não há nada de ilegal nisso.
Mas, em outro viés, é interessante observar o caminho que Paulinho está pavimentando para si mesmo. Não tenho nenhuma dúvida de que ele está vendo longe — está vendo a cadeira de governador, lá adiante, em 2030.
Paulinho traçou seus planos: reeleição em 2028 e governo em 2030.
Por isso mesmo, ele precisa olhar para a eleição do ano que vem com esse olhar que enxerga além. O palanque que escolher deverá ser aquele que o ajude a pavimentar o caminho traçado.
|Paulinho não disputará o Governo no ano que vem, mas quer ser o primeiro da fila para 2030, quer ocupar a primeira prateleira.
O detalhe nesse plano é que o governador eleito em 2026 será, muito provavelmente, o adversário de Paulinho em 2030. Afinal, quem vencer agora trabalhará para fazer uma boa gestão e buscar a reeleição.
Tudo isso faz parte do cálculo. Por isso mesmo, todo mundo está de olho em Paulinho — para ver como ele se move. Ele pode se dar ao luxo de escolher quem não quer que ganhe. É por aí.
E, para concluir, voltando ao que abordei no início, Paulinho precisa da mídia, precisa dessa unanimidade. Faz parte da construção da imagem. E, para isso, investe com prioridade nessas parcerias.






