Após algumas especulações sobre o destino de Jean Paul Prates na política potiguar, ele próprio não faz mais segredo de sua real pretensão: quer ser o primeiro suplente de Fátima Bezerra na chapa ao Senado.
Em carta endereçada a vários setores da mídia, Jean não fez questão de esconder o jogo: “manifestei minha disposição à governadora de integrar a chapa majoritária governista ao Senado Federal em 2026, em posição ainda a ser definida”, disse ele no texto divulgado.
Vamos então entender o que Jean Paul disse — e o que ele não disse. O que está claro é sua intenção de compor a chapa ao Senado; isso não deixou dúvidas. A segunda questão é qual posição ele ocupará. Existem duas possibilidades: suplente ou segundo nome para disputar uma das duas vagas ao Senado.
Jean Paul Prates sabe muito bem que disputar as duas vagas ao Senado em dobradinha com Fátima seria chover no molhado. As chances de ele se eleger são mínimas.
Por outro lado, as chances de Fátima ser eleita são consideráveis. E, figurando como primeiro suplente, ele teria uma grande oportunidade de assumir caso Fátima seja eleita e convocada por Lula — que também seria, hipoteticamente, reeleito — para um Ministério.
Esse é o cálculo de Jean, repetindo o que ocorreu em 2014, quando foi suplente de Fátima no Senado e assumiu quatro anos de mandato após ela se eleger governadora.
Esse é o plano de Jean. Sem tirar nem pôr uma vírgula.
