As análises políticas no Rio Grande do Norte têm se concentrado na disputa pelo Executivo e deixado de lado outras disputas igualmente importantes. Uma delas é a corrida pelas oito vagas potiguares na Câmara dos Deputados. O objetivo deste texto e dos próximos será fazer essa análise, considerando, é claro, que ainda estamos em uma fase preliminar da tomada de decisão.
Vou começar abordando a situação do MDB. No cenário atual, o partido terá, na época da eleição, o vice-governador Walter Alves ocupando a cadeira de titular. Além disso, contará com o presidente da Assembleia Legislativa. Por isso, o MDB fará uma aposta alta para tentar eleger dois deputados federais.
O MDB deverá ter, como principais puxadores de votos na chapa federal, o próprio Ezequiel e o atual deputado estadual Bernardo Amorim. O foco agora é atrair mais nomes para essa chapa, especialmente lideranças regionais com potencial entre 20 e 50 mil votos.
O partido faz cálculos e estima que precisará atingir um mínimo de 350 mil votos em seus candidatos a deputado federal para alcançar a meta de eleger dois representantes.
O que pode ajudar nessa tarefa é o fato de Walter Alves estar com a caneta na mão e sentado na cadeira de governador. Isso deve funcionar como um atrativo para aqueles que têm algum potencial eleitoral, mas esperam contar com a estrutura da máquina pública a seu favor.