Ontem, o ex-senador José Agripino comentou sobre um suposto racha entre integrantes do União Brasil no Rio Grande do Norte, desencadeado após a expulsão, em Mossoró, do vereador Wiginis do Gás da base do prefeito Allyson Bezerra, depois que ele anunciou apoio à candidatura de Nina Souza a deputada federal.
Segundo Agripino, não há nada de anormal e o partido segue unido. Ele classificou o afastamento do vereador como um fato local e corriqueiro.
No entanto, uma colocação feita pelo ex-senador chamou a atenção. Em determinado momento de sua fala, Agripino afirmou que já está tudo acertado entre Allyson e a nominata de deputados federais — inclusive com Nina —, a ponto de já haver uma divisão entre os vereadores da base do prefeito e os candidatos da federação.
Vejamos exatamente o que disse Agripino:
“Pergunte a Allyson e fale com ele, veja se ele não tem os vereadores já escolhidos da preferência dele para apoiar deputado A, deputado B, deputado C, dentre os quais, Nina. Ele vai lhe dizer.”
Ao pé da letra, o que Agripino sugere é que Allyson já decidiu como distribuir o apoio de sua base de vereadores entre os candidatos a deputado federal. Cada um teria seu quinhão — inclusive Nina.
O entendimento dessa fala reforça que a estratégia antes cogitada, de o União Brasil lançar um nome de Mossoró para compor a nominata, cai por terra. Os defensores dessa ideia argumentavam que um nome local teria mais potencial para agregar votos à nominata do que simplesmente dividir apoios entre os nomes já existentes. Isso poderia representar, inclusive, a conquista de mais uma vaga para a federação União Brasil e PP.
Mas, segundo revelou Agripino, não será assim. Definitivamente, Allyson não deve lançar um nome próprio para a Câmara dos Deputados — a menos que o ex-senador esteja enganado.






