Allyson Bezerra deveria imitar Rogério e Cadu e começar a percorrer o Estado ou continuar focado em Mossoró?

Hoje, no programa Mais Política, da Rádio Difusora — que apresento ao lado de Paulo Linhares, Jessé Rebouças e Wellington Morais — entrou em pauta um tema que já havia comentado aqui no blog: os movimentos das pré-candidaturas de Rogério Marinho, Cadu Xavier e do prefeito Allyson Bezerra ao Executivo estadual.

A discussão girou em torno da necessidade, ou não, de Allyson Bezerra colocar o pé na estrada, a exemplo do que vêm fazendo Rogério Marinho e Cadu Xavier. Ambos estão promovendo agendas pelo interior do Estado, buscando dar visibilidade aos seus projetos. Rogério lançou o “Rota 22”, que pretende percorrer todas as regiões do RN, enquanto Cadu participa ativamente dos seminários regionais do Partido dos Trabalhadores.

O questionamento era se Allyson poderá ter prejuízo eleitoral enquanto seus potenciais adversários percorrem o Estado, ao passo que ele permanece dedicado às demandas da Prefeitura de Mossoró. Vale lembrar que ele é o único que ainda não se declarou pré-candidato, e, por isso, está fora dos holofotes das pré-campanhas.

Na minha avaliação, a performance dos futuros candidatos não se resume, neste momento, à questão da visibilidade. O nome de Allyson ganhou projeção estadual justamente por sua gestão à frente da Prefeitura de Mossoró. Seu maior trunfo eleitoral é, sem dúvida, a administração municipal. Manter o foco na gestão, realizar as entregas planejadas e continuar com alta aprovação junto aos mossoroenses parece ser a estratégia deliberadamente escolhida pelo prefeito.

Caso tentasse imitar Rogério e Cadu agora, priorizando viagens pelo Estado e dividindo sua atenção, poderia acabar prejudicando sua popularidade em Mossoró. Correria o risco de ser visto como o prefeito que abandonou a cidade para disputar uma candidatura — uma imagem nada positiva.

Cadu e Rogério, por sua vez, seguem roteiros diferentes, com estratégias alinhadas às suas necessidades, justamente porque ainda buscam consolidar visibilidade e apoio. Allyson trilha um caminho distinto, e mudar sua prioridade neste momento poderia ser um equívoco.

O que poderá credenciá-lo para uma disputa ao Governo do Estado é, acima de tudo, o trabalho sólido em Mossoró. Naturalmente, manter-se focado na gestão não significa abandonar a política. É possível articular apoios e construir um projeto nos bastidores. No entanto, neste cenário, fazer bem o “dever de casa” continua sendo o fator mais importante.

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