Na visita que fez neste sábado à cidade de Upanema, o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, não escapou do repórter Joãozinho GPS, que lhe fez algumas perguntas sobre o cenário político do RN e as eleições de 2026.
Álvaro afirmou que sua verdadeira candidatura no próximo ano será ao Governo do Estado. Disse também que não corre riscos de perder o comando do Republicanos e que conta com o aval do partido para disputar o governo.
De fato, Álvaro já não corre mais risco de perder o comando da legenda, após ter sido descartada a formação de uma federação com o MDB — caso isso tivesse ocorrido, a direção no RN ficaria com o vice-governador Walter Alves.
O ponto que merece destaque na conversa com Joãozinho GPS foi a ênfase de Álvaro: sua candidatura foi, é e será ao Governo do Estado. Uma resposta contundente, que abre várias interpretações.
Interpretação 1: Álvaro evita se precipitar no anúncio da aliança já costurada com Rogério Marinho e Styvenson Valentim, para formar uma chapa com Rogério ao Governo e a dobradinha Álvaro–Styvenson ao Senado.
Interpretação 2: ele insiste na candidatura ao Governo porque acredita que Rogério desistirá da disputa, e, nesse caso, quer deixar claro que a vez será dele.
Interpretação 3: ao sustentar o discurso, ele eleva seu valor político para negociar melhor uma eventual desistência, podendo ser vice de Allyson ou candidato ao Senado em aliança com Zenaide ou Styvenson.
Na minha avaliação, a alternativa 1 é a mais próxima da realidade. Rogério, Styvenson e Álvaro estiveram reunidos em Brasília na semana passada, e tudo indica que houve um entendimento para a formação da chapa.
Já a alternativa 2 funciona como um “plano de seguro”: caso Rogério desista, Álvaro dificilmente aceitará que Styvenson seja o candidato ao governo. Ele considera que a vez, nesse cenário, será dele.
