Depois de aparecer liderando a corrida de 2026 para o Governo do Estado e para o Senado, conforme os números divulgados ontem pelo Instituto Paraná Pesquisas, o senador Styvenson Valentim volta a ser questionado por seus interlocutores sobre a manutenção de seu projeto de reeleição ao Senado ou a possibilidade de disputar o Governo.
A pergunta surge principalmente entre aqueles que acreditam que Rogério Marinho pode desistir da disputa pelo Governo, deixando o grupo sem um nome definido para a cabeça de chapa.
A princípio, Styvenson tem afirmado que seu projeto é a reeleição ao Senado, até porque ele só poderia considerar outra resposta caso Rogério realmente anunciasse uma desistência. Como Rogério segue como pré-candidato e o senador é seu aliado nesse projeto, a resposta permanece a mesma: Styvenson disputará o Senado.
Outra questão levantada após a pesquisa é se o senador já poderia “encomendar o paletó da posse”, uma vez que os números o colocam com ampla vantagem sobre os demais concorrentes na disputa pelo Senado.
Para analisar essa possibilidade, recordo um texto que publiquei há alguns dias, no qual destaquei que Valentim está construindo um novo personagem político. Em 2018, ele surfou no discurso da antipolítica, apresentando-se como um “não político”. Agora, diante de um cenário diferente, ele próprio admite que está aprendendo a fazer política como ela realmente é.
Seguindo esse raciocínio, entendo que Styvenson ainda busca consolidar essa nova identidade perante o eleitorado. Seus constantes conflitos e postagens agressivas remetem muito ao seu antigo estilo. Pode ser que o resultado da pesquisa o faça retomar essa postura, convencendo-se de que ainda é seu melhor perfil para o eleitorado.
No entanto, não há dúvidas de que o senador potiguar subiu um degrau na cena política após o resultado da pesquisa. Agora, ele é o favorito ao Senado e será visto como tal — a menos que novas pesquisas o coloquem de volta na posição anterior.
