As perguntas que ninguém faz sobre o edital da PMM para construir o novo Nogueirão

Tenho acompanhado algumas entrevistas de um time escalado pelo Palácio da Resistência, em Mossoró, para tentar explicar a licitação do estádio Nogueirão. Mas não vejo ninguém fazer as perguntas que realmente importam — aquelas que poderiam, de fato, esclarecer o que ainda está nebuloso.

Deixo aqui duas questões cruciais, na esperança de que, em algum dos espaços da mídia ligada à PMM, elas possam ser feitas e nos ajudem a entender melhor o assunto.

PRIMEIRA QUESTÃO:

Por que a Prefeitura estimou, para a permuta, um terreno de 15 mil metros quadrados avaliado por metro quadrado a menos da metade do preço de mercado naquela área?

Explicando: na área nobre de Nova Betânia, o metro quadrado é avaliado entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. A Prefeitura está oferecendo um terreno nobre, de 15 mil metros, totalmente voltado para a cobiçada Avenida João da Escóssia, por um valor de apenas R$ 14 milhões. Pelo preço de mercado, o terreno valeria no mínimo R$ 30 milhões.

SEGUNDA QUESTÃO:

No primeiro edital, a Prefeitura estimou o valor de construção de um estádio com capacidade para 15 mil pessoas, 750 lugares cobertos, vestiários, camarotes, área de alimentação, banheiros e um museu, em R$ 44 milhões. Porém, no segundo edital, mantendo a mesma estrutura exigida, o valor estimado caiu para R$ 21 milhões — ou seja, cerca da metade do preço anterior.

Explicando: é preciso esclarecer por que, em um edital, o estádio foi orçado em R$ 44 milhões e, em outro, em R$ 21 milhões (ou R$ 23 milhões de diferença, dependendo do edital) sem alteração nas características do projeto.

A sensação é que a PMM está batendo cabeça nesse assunto. Há muita coisa sem justificativa, confusa e mal explicada.

A impressão que fica é que será muito difícil atrair empresários interessados em algo tão obscuro e repleto de insegurança jurídica.

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