Rogério Marinho enfrenta um impasse entre assumir a coordenação da campanha presidencial de Flávio Bolsonaro e manter sua pré-candidatura ao Governo do RN. Pesquisas recentes fortaleceram o nome de Flávio, aumentando a pressão nacional sobre o senador. Ao mesmo tempo, as bases do PL temem o enfraquecimento das nominatas sem Rogério na cabeça da chapa estadual. A decisão final deve ocorrer na segunda quinzena de janeiro.
Após uma série de conversas em Brasília, Walter Alves decidiu ampliar o diálogo com as bases do MDB antes de definir seu futuro político. A maioria dos pré-candidatos do partido defende que ele assuma o Governo para fortalecer o projeto eleitoral. Prefeitos seguem divididos, enquanto cresce a pressão interna pela assunção. A decisão, antes considerada tomada, agora está em aberto.
A TCM e o Instituto de Pesquisas TSDois divulgaram a terceira rodada de pesquisa no RN. A coleta foi feita no período de 9 a 13 de dezembro com 1.870 entrevistados em 70 municípios do Estado. A margem de erro é de 2.3 pontos.
Proposta que vai ser negociada prevê o PT e o MDB se mantendo aliados, nenhum cargo indicado pelo vice-governador seria exonerado e os espaços até poderiam ser ampliados em algumas áreas. Nesse caso, o MDB apoiaria um nome indicado pelo governo para um mandato tampão de nove meses, através da eleição indireta que será feita na Assembleia. No acordo o MDB manteria a indicação do candidato a vice-governador e seria ouvido na escolha do segundo nome ao Senado.
A ideia de Waltinho é não anunciar rompimento com o PT e com a governadora Fátima Bezerra, ele entende que está fazendo apenas uma mudança de projeto político partidário e que o MDB tem autonomia para repensar seu projeto. E que isto não é motivo para rompimento, nem de uma parte, nem da outra, mesmo com o olhar crítico que o MDB está fazendo sobre as finanças do Estado e a desconfiança petista.
A indefinição sobre a permanência de Fátima Bezerra no Governo expõe fissuras profundas entre PT e MDB. A possibilidade de dupla vacância abriria caminho para uma eleição indireta na Assembleia Legislativa. O nome de Cadu Xavier surge como aposta estratégica do PT para desmontar o discurso de crise financeira. Em todos os cenários, o risco político é elevado e a disputa pela narrativa será decisiva.

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