A exigência de Rogério Marinho para que Allyson Bezerra rompa com Zenaide Maia, como condição para diálogo político, tem lógica e coerência ideológica. Rogério, como líder do PL, não pode apoiar a vice-líder do governo Lula. Por outro lado, Allyson não pode rifar uma aliada influente e um partido estratégico como o PSD. O impasse torna o diálogo inviável, ainda que ambos tenham argumentos legítimos. Caminhamos para uma disputa com três palanques competitivos no RN.
O senador Rogério Marinho afirmou que a aliança com Allyson Bezerra só pode ser discutida se este romper com a senadora Zenaide Maia. A exigência, considerada inaceitável, serve como pré-condição para iniciar um diálogo — sem qualquer garantia de acordo. A estratégia repete o método usado por Rogério em 2024, quando buscou justificar seu rompimento com o prefeito de Mossoró. Ao impor barreiras intransponíveis, o senador tenta evitar o desgaste de ser visto como o responsável por dividir a oposição. A união dos opositores no RN, mais uma vez, parece distante.
Há especulações de que Rosalba Ciarlini poderia disputar o Senado ao lado de Fátima Bezerra. Rosalba está politicamente inativa, sem grupo, partido, articulação ou estrutura financeira. A performance apagada de Rosalba nas eleições de 2024. O PT dificilmente abriria mão de um nome próprio para compor com alguém fora de sua base. Quase ninguém acredita na viabilidade da proposta.
Uma critica a repetição exaustiva do discurso do senador Rogério Marinho, centrado em culpar o PT e a esquerda por todos os males. Há uma ausência de propostas concretas para o Rio Grande do Norte e a omissão do senador em pautas importantes, como infraestrutura e economia. É uma estratégia eleitoral, comum também ao PT, mas esse embate estéril desrespeita o eleitor. Precisamos de um debate político mais propositivo e menos pautado na polarização. É hora de trocar o disco.
O presidente da Câmara de Mossoró, Genilson Alves, anunciou o lançamento do projeto Câmara Popular para o dia 15 de agosto. A iniciativa levará serviços de cidadania, cultura, esporte e empreendedorismo aos bairros. O programa contará com parcerias institucionais e terá quatro polos de atuação. A frequência das edições dependerá do apoio dos parceiros e da capacidade de atendimento.
Apesar das críticas ao aumento de seis deputados estaduais, a medida não representa aumento de gastos para o Executivo, já que o repasse mensal à Assembleia permanece fixado em 2,44% da receita líquida. O desafio agora é acomodar os novos gabinetes numa estrutura já lotada. A questão principal parece ser de espaço, não de orçamento. Afinal, a verba é a mesma — só precisa ser melhor gerida.

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