Bolsonaro num dia lança Rogério ao governo e no outro manda testá-lo para presidente

A inclusão do nome do senador Rogério Marinho na pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas sobre a corrida presidencial, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro — que contratou o levantamento por meio do PL — causou repercussão negativa no Rio Grande do Norte. A contradição ficou evidente: na semana anterior, Bolsonaro esteve no estado e anunciou publicamente que Rogério seria seu candidato ao Governo do RN. Na semana seguinte, mandou inserir seu nome na pesquisa para Presidência da República.

O assunto dominou os bastidores da política potiguar. Para muitos, se o anúncio de Bolsonaro representou um passo à frente, a inclusão do nome de Rogério na pesquisa nacional foi dois passos para trás. A dúvida sobre a real prioridade de Rogério Marinho para o estado — que já existia — ganhou força, transformando-se quase em certeza.

Embora seja comum que partidos testem nomes próprios em pesquisas, o caso de Rogério carrega um peso maior. Sua indefinição constante — ora apontado como candidato ao governo estadual, ora com ambições nacionais — tem gerado desconforto entre aliados. Não são apenas os críticos externos que questionam seus planos; aliados próximos admitem a incerteza sobre qual cargo ele realmente deseja disputar.

Com seu nome agora incluído na pesquisa presidencial do PL, a insegurança política aumentou. E não faltaram interpretações de que Rogério estaria novamente cometendo um erro estratégico grave. Na política, como se sabe, espaço vazio não permanece desocupado por muito tempo.

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