Estou calculando que a vinda de Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Norte, neste próximo final de semana, nos trará luzes sobre o cenário de 2026 no estado e oferecerá uma resposta à pergunta que todos estamos nos fazendo: afinal, a candidatura de Rogério Marinho é pra valer mesmo? Ou ele aguarda ainda algo na chapa presidencial bolsonarista?
Vou explicar por que penso assim.
Sinceramente, acredito que a única forma de Rogério sacramentar de vez sua candidatura é se Jair Bolsonaro vier anunciar com todas as letras que apoia Rogério Marinho como seu candidato a governador do RN. Se Bolsonaro vier alardear que Rogério é o nome escolhido — e deixar claro que a candidatura é pra ser o próximo governador.
Mas, se for diferente disso — se Bolsonaro desembarcar no RN e, dois dias depois, embarcar de volta para Brasília sem fazer uma afirmação contundente, sem bater o martelo, sem oficializar o apoio — então vou entender que essa candidatura é fake. Pura encenação. Como uma pessoa pretende, de fato, ser candidata ao Governo e seu principal apoiador o visita e não fala disso? Não tem lógica nenhuma nisso.
Afinal, não faz sentido Bolsonaro vir ao RN duas vezes, num curto intervalo, a um pequeno estado do Nordeste, após passar por uma cirurgia delicada e num momento em que o cenário nacional está pegando fogo, se não for para lançar Rogério Marinho oficialmente ao governo. Seja num discurso, seja com festa, seja com oba-oba. Qualquer coisa — mas que deixe claro o propósito da visita. Aliás, não recordo de Bolsonaro ter dito uma única vez, ter gravado um único vídeo, dizendo que apoia Rogério para governador.
A presença de Bolsonaro em Mossoró só faz sentido agora se for para lançar Rogério candidato a governador. Se não for assim, é porque ele não é e não será candidato. Essa é a leitura que se fará dessa vinda do ex-presidente.