O senador Styvenson Valentim utiliza, recorrentemente, um dos métodos mais abomináveis da política: atacar a honra alheia sem provas. Sem freios e sem o mínimo de compostura, ele não pensa duas vezes antes de fazer acusações sem qualquer razoabilidade.
O episódio mais recente envolve postagens de Styvenson sobre uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que suspendeu um processo licitatório no Estado para a aquisição de laptops destinados à educação. Sem meias palavras, o senador correu para as redes sociais e acusou a governadora Fátima Bezerra de corrupção. Disse, inclusive, que alguém estaria recebendo 10% de comissão numa suposta fraude — sem apresentar qualquer prova ou fonte para justificar o número.
Veja bem: não estou aqui fazendo defesa de Fátima Bezerra, nem de A ou B. Mas Styvenson precisa, no mínimo, ser decente para tratar as coisas como elas são. Se tem dúvidas, que diga. Se desconfia, que diga. Se não acredita, que diga. Agora, sair acusando diretamente, falando em “ladroagem de 10%” sem apresentar qualquer evidência, ultrapassa os limites da irresponsabilidade.
Outro episódio emblemático foi o embate com o prefeito Allyson Bezerra. Styvenson exigiu publicamente a prestação de contas das cirurgias eletivas realizadas em Mossoró com verbas oriundas de emendas parlamentares. Novamente, sem pudor, insinuou desvio de dinheiro e lançou ao vento uma suspeita grave. O prefeito acionou a Justiça — e venceu.
Styvenson se acha. Tem uma vaidade desmedida e se comporta com absoluto desprezo pelas consequências de suas falas. Apoia-se na proteção da imunidade parlamentar para espalhar acusações sem provas, como quem atira para todos os lados em busca de likes e manchetes.
É justamente por esse tipo de postura reprovável que assistimos hoje ao pior Congresso da história recente do Brasil. Está cheio de “Styvensons”: sem pudor, sem freios, vendendo bravatas em troca de curtidas.