A deputada federal Carla Dickson já acertou sua filiação ao PL com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e deve anunciar a mudança nos próximos dias. Ela deixa o União Brasil e, consequentemente, o projeto da federação União Progressista, que tem o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, como pré-candidato a governador.
A decisão foi tomada após cálculos eleitorais sobre suas chances de renovação de mandato. Caso permanecesse no União Brasil — federado ao PP —, Carla avaliou que teria poucas possibilidades de figurar entre os eleitos. A projeção é que a nominata da União Progressista eleja, no máximo, quatro deputados federais, com favoritismo para João Maia, Robinson Faria, Benes Leocádio e Nina Souza (esposa do prefeito de Natal, Paulinho Freire). Todos têm potencial de superar 100 mil votos, enquanto Carla conquistou 43.191 votos em 2022.
No PL, Carla passará a ser o terceiro nome com assento na Câmara, ao lado do General Girão (76.698 votos em 2022) e do Sargento Gonçalves (56.315 votos). A avaliação interna é de que, com sua chegada, o partido poderá conquistar duas vagas na bancada potiguar, cenário que Carla considera mais favorável.
Desconforto interno
A escolha pelo PL, já consolidada, gerou desconforto. Há poucos dias, Carla participou de reuniões estratégicas da União Progressista sobre a campanha estadual, incluindo a hipótese de antecipar a renúncia de Allyson Bezerra da Prefeitura de Mossoró. O mal-estar aumentou porque foi a própria deputada quem vazou essa informação à imprensa, mesmo já tendo alinhado apoio à candidatura de Rogério Marinho, do PL, ao Governo do RN.