Com olho no Governo, Allyson terá que definir estratégia para os proporcionais

Em 2022, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, apoiou Lawrence Amorim para deputado federal e Soldado Jadson para deputado estadual. Nenhum dos dois obteve êxito, embora Lawrence tenha alcançado, em Mossoró, a maior votação histórica de um candidato a deputado federal na cidade.

Para 2026, já surgem especulações sobre quem serão os candidatos que receberão o apoio do prefeito. É verdade que o cenário é diferente: na eleição passada, Allyson não estava na disputa, apoiou Fábio Dantas para o governo e Rogério Marinho para o Senado.

Com uma visão objetiva sobre os movimentos dos aliados de Allyson, voltados para as eleições proporcionais, percebe-se que o vereador Thiago Marques, do Solidariedade, é um nome que o prefeito deverá apresentar, seja para a Câmara dos Deputados, seja para a Assembleia Legislativa. O leque ainda conta com outros nomes, como Petras Vinícius e Genilson Alves, ambos vereadores e apoiadores do prefeito.

Considerando que o nome de Allyson aparece como possível candidato ao governo do Estado, a dinâmica muda quanto à indicação de nomes para os cargos proporcionais. O prefeito não pode mais ter os chamados candidatos “preferenciais”, sob o risco de afastar outros concorrentes do seu palanque. No entanto, estrategicamente, os aliados podem acabar exigindo justamente o contrário — que ele indique nomes.

Explico: na chapa para deputado federal, o União Brasil pode entender que é mais vantajoso o prefeito indicar um nome de Mossoró para concentrar votos na própria nominata, ao invés de apoiar candidatos de fora, o que causaria dispersão dos votos em outras legendas. No fim das contas, somar votos na legenda pode significar mais vagas preenchidas pelo partido. O mesmo vale para a disputa de deputado estadual.

Por outro lado, no que diz respeito à Assembleia Legislativa, Allyson provavelmente não abrirá mão de ter alguns nomes de confiança buscando mandatos. Como aspirante ao Executivo, ele precisa pensar em garantir uma bancada e também na questão da fidelidade política.

Essas são, com certeza, preocupações que fazem parte das rodadas de conversas e das estratégias que estão sendo definidas nos bastidores.

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