A oficialização da pré-candidatura de Nina Souza, esposa do prefeito Paulinho Freire, à Câmara Federal, anunciada por ela mesma em conversa com jornalistas, revela que o articulador-geral do União Brasil, Paulinho Freire — a quem foi confiada a missão de costurar uma aliança entre o PL e o União Brasil — jogou a toalha.
A lógica dessa conclusão tem um motivo muito claro: o nome de Nina era considerado pule de dez para compor a chapa de Allyson Bezerra como candidata a vice. Mas essa indicação só se concretizaria com a união dos palanques. Havendo divisão, Paulinho, que já tem compromisso político com Rogério Marinho, não teria como indicar a própria esposa para ser vice em outra aliança.
Ao confirmar sua pré-candidatura a deputada federal pelo União Brasil, Nina abre o jogo e enterra de vez a possibilidade de ser vice. Fica claro que, ao desistir da articulação, Paulinho Freire opta por manter um pé no palanque do União Brasil e outro no do PL. Ainda que apoie Rogério, a presença de Nina na nominata do União Brasil a obriga, no mínimo, a esconder Rogério de sua campanha.
Paulinho havia sido nomeado uma espécie de articulador universal da oposição no RN. Allyson, Agripino, Rogério, Styvenson — todos confiaram a ele a missão de unificar os partidos oposicionistas. Pelo visto, o prefeito deu por encerrada essa tarefa.
