Datavero: pesquisa sinaliza mudança de tabuleiro com nome de Carlos Eduardo

O instituto de pesquisa Datavero divulgou hoje, no Diário do RN, um levantamento que incluiu o nome do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, como possível candidato ao Governo ou ao Senado. A novidade é que a presença de Carlos mexe diretamente com o jogo da sucessão.

A pesquisa foi restrita à Grande Natal, realizada nos municípios de Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Macaíba, São Gonçalo e Extremoz, região que representa um pouco mais de um terço do eleitorado potiguar.

O dado mais relevante está na possibilidade do surgimento de um quarto palanque no cenário estadual. Atualmente, já estão delineados os palanques de Allyson Bezerra, Kadu Xavier e Rogério Marinho. A entrada de Carlos Eduardo mudaria o equilíbrio dessas forças.

Cenário dos quatro palanques, segundo a pesquisa Datavero:

  • Carlos Eduardo – 22,65%
  • Allyson Bezerra – 21,07%
  • Rogério Marinho – 17,15%
  • Kadu Xavier – 2,75%
  • Não sabe/não respondeu – 9,08%
  • Nenhum – 27,31%

É preciso destacar que o recorte se limita à Grande Natal, que concentra cerca de 36% do eleitorado do Estado. Ainda assim, chama a atenção a virada de mesa que a entrada de Carlos Eduardo poderia provocar.

Um ponto de tensão é o fato de Carlos estar filiado ao PSD, partido que atualmente apoia a pré-candidatura de Allyson Bezerra. Para viabilizar sua candidatura, ele teria que mudar de legenda ou esperar que a senadora Zenaide Maia, líder maior do PSD no Estado, abrisse mão do apoio a Allyson para bancar um nome próprio.

Outro aspecto relevante da pesquisa é a disputa pelo Senado. O nome de Carlos aparece em segundo lugar, atrás de Styvenson Valentim, e em empate técnico com Zenaide Maia, Fátima Bezerra e Álvaro Dias.

O levantamento também mostra que os eleitores de Álvaro Dias são os que mais migram para Carlos Eduardo em cenários de Governo ou Senado, indicando que uma aliança entre os dois poderia formar um palanque de maior robustez.

Em resumo, a pesquisa Datavero funciona como um indicativo de como uma quarta candidatura poderia alterar o quadro político estadual. No entanto, como não tem abrangência em todo o Rio Grande do Norte, ainda carece de um estudo mais amplo e com maior amostragem.

A pesquisa ouviu 1.200 eleitores entre os dias 3 e 4 de setembro.

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