Após uma série de entrevistas concedidas pelo prefeito Allyson Bezerra em Natal — e foram muitas —, onde respondeu a diversas perguntas, uma coisa ficou claríssima para todos: não há possibilidade de um alinhamento eleitoral entre ele e o grupo da governadora Fátima Bezerra. Chance zero. Prego batido e ponta virada.
Se antes o secretário-chefe da Casa Civil do Governo, Raimundo Alves, já havia fechado a porta para Allyson, agora foi o prefeito quem trancou a porta do outro lado. E jogaram as chaves fora.
Para o leitor do blog ter uma ideia exata de que se trata de um caminho sem volta, segue a declaração de Allyson em uma das entrevistas:
“Eu aceito e defendo conversar com todos aqueles que estão discordando desse governo que está aí… como vou defender o pior governo, que é esse que está aí?”
Vencida essa dúvida que ainda pairava na cabeça de alguns, vamos agora aos desdobramentos dessa nova certeza. Caso a senadora Zenaide Maia opte por uma aliança com Fátima Bezerra, formando uma dobradinha entre as duas, pode dizer adeus ao apoio do prefeito de Mossoró à sua reeleição. Direto assim. Não há chance de Zenaide servir de ponte para tentar unir Allyson e Fátima — seria perda de tempo.
A clareza com que Allyson definiu de que lado está também confronta diretamente a postura de Rogério Marinho, que tem deixado o prefeito de fora da lista de possíveis candidatos ao Governo, e de Álvaro Dias, que declarou que o gestor mossoroense não está qualificado para a disputa por ser ainda muito jovem.
O recado de Allyson foi em mão dupla: bateu a porta para o PT e bateu na mesa para cobrar de Rogério e Álvaro o tratamento com a mesma régua que eles querem ser medidos.