A reunião da cúpula do PP e do União Brasil, realizada ontem em Natal, trouxe algumas sinalizações importantes sobre a senadora Zenaide Maia. Em especial, vale atenção às declarações do ex-senador José Agripino, que comentou o assunto com certo demérito, dizendo que a questão envolvendo Zenaide não mereceu grande atenção durante o encontro.
Por outro lado, ao se referir a Styvenson Valentim, Agripino destacou que o senador tem um nome que transita bem dentro da federação e que, até agora, é o único pré-candidato do grupo. Não é preciso muito esforço para entender a preferência de Agripino por Styvenson — e o tratamento frio dispensado a Zenaide.
Quando Agripino afirma que Styvenson é o único candidato do grupo, o que exatamente ele quer dizer? Que Styvenson é o candidato de Allyson? De João Maia? De todo aquele grupo que estava reunido? Styvenson é o candidato ao Senado do União Brasil?
Essa postura revela a Zenaide a realidade que ela enfrentará dentro desse palanque. Mesmo que venha a ser aceita pela federação, é evidente que terá que remar sozinha. Não se vê, no União Brasil, disposição para defender o nome de Zenaide nas ruas, no corpo a corpo com o eleitor. Essa missão caberá a ela mesma.
E talvez tenha de lidar com uma força-tarefa interna em favor de Styvenson — algo semelhante a um boicote. O desdém com que a federação tratou o nome de Zenaide foi diretamente proporcional à acolhida calorosa ao nome de Styvenson. Esse é o fato.