Fátima chama Walter Alves para conversa decisiva sobre a sucessão de 2026

A governadora Fátima Bezerra e o vice-governador Walter Alves devem se reunir antes do fim do ano para tratar diretamente da sucessão estadual de 2026. Há a possibilidade de que a conversa aconteça já neste final de semana. O convite partiu da própria governadora.

A iniciativa confirma uma posição que Fátima vinha compartilhando com auxiliares mais próximos: não pretende atravessar o início de 2026 sem uma definição clara sobre o futuro do governo. A disposição é de uma conversa direta, sem rodeios.

Segundo relatos de bastidores, a governadora deixará explícito que não há mudança de posição quanto à renúncia prevista para 2 de abril de 2026 e que sua candidatura ao Senado é uma decisão irreversível. A reunião também servirá para que Walter apresente quais seriam, na visão do MDB, as condições políticas mínimas para a continuidade da aliança.

A orientação de Fátima é tentar preservar o aliado. Nesse sentido, ela se mostraria disposta a discutir o início de um processo de transição ainda em janeiro, com a construção de um calendário organizado pelo próprio vice, estabelecendo etapas para a eventual mudança de comando do Executivo estadual.

Em contrapartida, a governadora deve apresentar exigências claras: a manutenção da aliança entre PT e MDB, o apoio ao seu projeto de disputar o Senado e a consolidação da pré-candidatura de Cadu Xavier ao Governo do Estado. O PT também sinaliza abertura para discutir com o MDB um acordo sobre a composição das nominatas para 2026.

Auxiliares próximos à governadora avaliam que o projeto eleitoral do PT não pode permanecer indefinidamente à espera de uma decisão de Walter. Caso o vice não pretenda assumir o governo ou opte por outro caminho político, a expectativa é que isso seja comunicado agora, permitindo ao grupo governista recalibrar sua estratégia.

Ainda não há data ou horário definidos para o encontro, mas a intenção de Fátima é que a conversa aconteça de forma imediata, evitando que a indefinição se prolongue e contamine o planejamento político do próximo ciclo eleitoral.

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