Filiado, mas sem controle pleno no PSDB, Styvenson esbarra em Ezequiel e perde tempo para 2026

Já passou da hora de o senador Styvenson Valentim assumir o controle total do PSDB no Rio Grande do Norte. Em fevereiro, ao anunciar sua filiação ao partido, o senador potiguar recebeu carta branca para levar a sigla à aliança que desejasse. Na época, Styvenson chegou a declarar nas redes sociais que uma coisa era certa: o PSDB não faria parte da base da governadora Fátima Bezerra.

O principal articulador da entrada de Styvenson no PSDB foi o senador Plínio Valério, do Amazonas. Foi ele quem garantiu ao potiguar que teria o comando da legenda no estado. Plínio, no entanto, pediu um pouco de tempo para conduzir a transição e promover as mudanças necessárias, mas deixou claro: a palavra final no PSDB do RN seria de Styvenson Valentim.

Recentemente, Styvenson voltou a conversar com Plínio, cobrando a efetivação da mudança prometida. O entrave está no fato de que o atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira, embora ciente de que perdeu o comando da legenda, ainda não formalizou sua saída. Ele mantém o partido alinhado à base de Fátima Bezerra e deve aguardar a abertura da janela partidária, em março de 2026, para se desligar oficialmente.

O problema é que esse impasse está fazendo Styvenson perder tempo valioso. Com a proximidade das eleições gerais, o senador precisa reorganizar o partido, visitar diretórios municipais, avaliar quem permanece, substituir lideranças e estruturar as chapas proporcionais. Sem o controle efetivo da sigla, ele fica paralisado, enquanto o calendário eleitoral avança rapidamente.


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