Estão esticando a corda — e uma hora ela arrebenta. Refiro-me à polêmica entre o senador Styvenson Valentim e o prefeito Alysson Bezerra. Nos capítulos mais recentes, até áudio de terceiros vazou nas redes sociais, em que supostamente Styvenson estaria pressionando alguém em Mossoró a “ir pra cima” do prefeito.
Não há dúvida de que o senador perdeu a razão nessa história. Não faz sentido exigir que a Prefeitura de Mossoró autorize uma obra que sequer tem alvará de construção. Depois, ainda colocar o “demônio no meio” e tentar jogar a população contra o prefeito foi um tiro no pé. Dois tiros, nos dois pés.
Pensando bem, ninguém aqui é ingênuo: será que o objetivo não é justamente esse? Dinamitar as pontes, tornar o caminho sem volta, romper de vez?
Para mim, fica cada vez mais claro que Styvenson tem atuado como uma espécie de ponta de lança de Rogério Marinho. Os dois parecem combinar os movimentos. Com seu alcance nas redes sociais — dezenas de milhares de seguidores —, Styvenson executa o jogo midiático que Rogério não sabe jogar.
Nesse contexto, a corda esticada faz sentido. Styvenson tem um alvo. E disparou. E não foi o primeiro tiro. Nem o segundo. Vale lembrar que ele já processou Alysson. Processou — e perdeu.
A sensação que fica é a de que o objetivo real é que cada lado quer marcar bem seu território. Abrir um grande fosso entre eles. Sem pontes.
