Na eleição de 2022, o presidente Lula obteve, no segundo turno, no Rio Grande do Norte, 65,1% dos votos válidos, contra 34,9% do ex-presidente Bolsonaro. A cada três eleitores, dois votaram em Lula e um em Bolsonaro.
Trago esses números à memória para comentar sobre os dados atuais no RN quanto à avaliação do desempenho do presidente eleito e às intenções de voto, conforme as pesquisas voltadas para 2026. Essa seria, portanto, a realidade do momento.
O Instituto Paraná Pesquisas mostrou que, hoje, no Estado, Lula tem 46,0% de aprovação contra 51,1% de desaprovação. Na mesma linha, o Instituto Consult revelou que o presidente tem um total de 23,6% de avaliações “ótimo” e “bom”, contra 42,1% de “ruim” e “péssimo”.
Com referência às intenções de voto para 2026, segundo a Paraná Pesquisas, Lula teria 35,2% das intenções contra 30,5% de Jair Bolsonaro. Por sua vez, a Consult apontou que Bolsonaro seria hoje o vencedor da eleição, com 35,7% dos votos, enquanto Lula teria 31,0%.
Analisando esses números, fica evidente que o olhar do eleitor potiguar sobre o presidente Lula mudou bastante, passando para um estágio de reprovação. Considerando que, do outro lado, o ex-presidente Bolsonaro não tomou nenhuma ação significativa para forçar essa mudança de posicionamento, sendo o próprio Lula o responsável por sua desaprovação, concluo que Bolsonaro herda o espólio eleitoral apenas porque é o representante mais visível do antipetismo. Ou seja, ele não cresceu porque o eleitor o considera um bom candidato, mas porque quer punir o petismo por se sentir enganado.
