Diante da avalanche de pesquisas divulgadas no Rio Grande do Norte, resolvi fazer um estudo sobre a disputa para o Governo do Estado, levando em conta as dez últimas sondagens. A análise se deterá em cada pré-candidato, observando seus números, médias e oscilações.
Comecemos pelo pré-candidato Allyson Bezerra e sua performance nas dez últimas pesquisas. Confira os números:
| Instituto | Coleta | Percentual (%) |
|---|---|---|
| Consult | 23–27/10 | 30,9 |
| TSDois | 21–24/10 | 39,0 |
| Média | 18–21/10 | 33,0 |
| Datavero | 18–20/10 | 35,4 |
| Sensatus | 16–19/10 | 28,2 |
| Real Big Data | 24–25/09 | 37,0 |
| Exatus | 18–21/09 | 39,4 |
| Seta | 13–15/09 | 35,7 |
| Agora Sei | 06–11/09 | 38,2 |
| Paraná | 06–10/09 | 30,0 |
| MÉDIA | 34,7 |
Dois institutos colocam Allyson no seu teto mais alto, com 39 pontos: TSDois e Exatus. O pior desempenho foi apontado pelo Instituto Sensatus, com 28,2%, sendo o único a mostrar Allyson abaixo de 30 pontos.
A média de intenções de voto do prefeito mossoroense é de 34,7%, ou seja, pouco acima de um terço do eleitorado potiguar declara que votaria nele neste momento.
O desempenho de Allyson permite a metáfora do “copo meio cheio” e do “copo meio vazio”.
Quem vê o copo meio cheio destaca que, mesmo sem ter se lançado oficialmente candidato, ele já conta com um terço do eleitorado — e que, ao longo do tempo, essa dianteira tende a se consolidar, transformando-se em voto cristalizado, mesmo a um ano do pleito.
Por outro lado, quem vê o copo meio vazio argumenta que, quando os entrevistados são estimulados a escolher um nome, dois terços dos eleitores ainda não indicam Allyson como opção. Assim, ele teria um “teto baixo”: desempenho estável, mas com dificuldade de crescimento.
Na minha leitura, o fato de Allyson ainda não ter se lançado oficialmente não altera a percepção do eleitor. Sua eventual candidatura já é amplamente conhecida no estado — em alguns aspectos, até mais do que a de Rogério Marinho —, uma vez que o prefeito tem tido grande visibilidade na mídia com seu projeto de disputar o Governo.
A questão do “teto baixo” precisa ser observada ao longo do tempo, especialmente à medida que o calendário eleitoral avança. Após o Carnaval do próximo ano, começaremos a ter linhas mais nítidas para avaliar se Allyson atingiu um ponto de estagnação ou se há espaço para crescimento acumulado.






