No chão do Pingo da Mei Dia, uma decisão: Zenaide escolheu onde vai ficar

Cabe agora ao PT e à governadora Fátima Bezerra darem o próximo passo. Para mim, não restou dúvida alguma, após assistir à cena protagonizada por Zenaide Maia e Allyson Bezerra durante o Pingo da Mei Dia, no último sábado: a decisão está tomada. Zenaide decidiu que não vai abrir mão da aliança com Allyson — e o mesmo vale para ele.

Minha convicção vem da análise de um vídeo específico que circula nas redes sociais. Nele, Zenaide e Allyson caminham com passos apressados, quase correndo, de mãos dadas, braços erguidos, sorrisos no rosto, com postura firme e confiante, enquanto uma multidão grava cada instante com seus celulares.

Políticos não faltavam no evento: João Maia, Shirley Targino, José Agripino, deputados estaduais, prefeitos. Mas a caminhada de Allyson e Zenaide foi o gesto mais simbólico e enfático do dia.

Enquanto petistas como Cadu Xavier, Natália Bonavides e Isolda Dantas distribuíam sorrisos no Camarote do 13, na Avenida Rio Branco, lá embaixo, no chão, Zenaide e Allyson protagonizavam uma caminhada histórica. Nada ali foi casual: o andar firme, o entrelaçar de mãos, os braços erguidos — tudo transmitia uma mensagem clara e cuidadosamente planejada.

Zenaide não vai soltar a mão de Allyson Bezerra — e ele também não vai soltar a dela. Aquela caminhada selou, publicamente, uma aliança. Diante de todos.

Resta ao PT puxar a próxima carta, mover a próxima peça do xadrez, porque Zenaide já deixou claro de que lado está. Com quem está. Seus gestos anunciaram: Allyson Bezerra é o seu candidato a governador. Com aquele ato, ela confirmou que o PSD vai se aliar ao União Brasil.

E sejamos honestos: alguém acredita que, sendo pressionada como está pelo PT a demonstrar apoio ao governo, Zenaide teria feito aquele gesto simbólico ao lado de Allyson se pretendesse subir no palanque petista? Claro que não.

A leitura, para mim, é cristalina.

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