Só vejo uma possibilidade de a oposição no Rio Grande do Norte se unir em 2026 para tentar derrotar o PT: se o senador Rogério Marinho desistir de sua candidatura ao governo do estado e anunciar apoio a Allyson Bezerra.
E explico por que penso assim. Não é torcida, é uma análise dos fatos.
Não há, por parte de Allyson Bezerra, qualquer sinal identificável de que ele possa desistir de disputar o governo. Zero sinal. E quanto mais lidera as pesquisas, mais fortalecido ele se torna.
Dentro do União Brasil, agora federado com o PP, cresce o sentimento de que o partido já abriga o futuro governador do Rio Grande do Norte. Esse entendimento tem unido a sigla e reduzido cada vez mais a possibilidade de a federação abandonar Allyson para apoiar Rogério Marinho.
O prefeito Paulinho Freire, último bastião do União Brasil que ainda poderia tentar algo em prol de Rogério, tornou-se, dentro do partido, uma voz clamando sozinha no deserto.
O próprio Rogério titubeou no momento errado. Sinalizou uma mudança de prioridade — trocando o projeto estadual por uma ambição nacional — e, quando quis fazer o caminho de volta, já encontrou a realidade modificada.
Diante desse cenário e de outros fatos, está muito claro para todos que, se houver uma frente unida da oposição contra o PT, é porque Rogério desistiu e veio apoiar Allyson. Caso contrário, não há chances de se formar essa unidade.
Alguém pode indagar: “Mas se Rogério aderir, como ficam Styvenson, Zenaide, Álvaro e todo esse grupo que orbita em torno dos dois pré-candidatos da oposição?” Respondo de forma direta: esse é o menor dos problemas, fácil de ser contornado.
Resumindo: se houver uma oposição unida, é porque Rogério decidiu apoiar Allyson. Caso contrário, teremos dois palanques. O que cada lado levará para seu palanque nessa divisão? Isso é tema para uma próxima postagem.