PL prega desconfiança sobre Allyson, mas acumula rasteiras políticas em aliados

Há alguns dias, escrevi um comentário sobre duas conversas que tive com prefeitos potiguares, nas quais percebi uma certa desconfiança quanto a alianças políticas com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. O argumento era sempre o mesmo: Allyson não seria um parceiro confiável e teria um histórico de abandonar aliados pelo caminho.

Mas essa narrativa me parece frágil. A confirmação de Nina Souza, esposa do prefeito Paulinho Freire, como pré-candidata a deputada federal, mesmo após Paulinho ter anunciado apoio ao vereador Érico Jácome (PP) para a mesma vaga, levanta uma pergunta: esse é o exemplo de parceria confiável?

Pensei ainda mais ao observar o caso de Rogério Marinho, que passou todo o ano de 2024 montando um projeto do PL para o Governo do Estado, angariando prefeitos e lideranças, e que, de forma repentina, abandonou a estratégia estadual para focar numa possível chapa presidencial, deixando para trás um grupo expressivo de aliados que haviam apostado nesse projeto.

E então, é mesmo Allyson quem não é confiável? É ele quem prefeitos e lideranças deveriam temer?

A estratégia de plantar medo entre prefeitos sobre alianças com Allyson, que parece vir de dentro do próprio PL/RN, não resiste aos fatos concretos. No fim, tudo faz parte do jogo político — e cada um joga com as armas que tem.

Mas, nesse caso, os fatos falam mais alto que as narrativas: há mais episódios de traições e rasteiras no palanque que o PL está montando do que na narrativa que tenta se disseminar sobre Allyson Bezerra.

Compartilhe agora:

MAIS POSTS