Depois que publiquei aqui no blog sobre a possibilidade de o senador Styvenson Valentim disputar o Governo, em vez de tentar a reeleição ao Senado, recebi de muitos leitores comentários e questionamentos sobre essa hipótese. Gostaria de acrescentar algumas observações ao que já disse antes.
Analisando os números da Paraná Pesquisas, vemos Styvenson liderando para o Senado com 52% das intenções de voto e Allyson Bezerra liderando para o Governo com 30%. A impressão inicial é que se Styvenson mudasse a candidatura, já começaria a disputa com uma grande vantagem, mas não é bem assim.
Isso porque, na eleição para o Senado, o entrevistado pode escolher dois nomes, o que faz o somatório ultrapassar 100%. O mais justo, portanto, é observar apenas o primeiro voto — a primeira escolha do eleitor. Nesse recorte, Styvenson varia entre 35 e 45 pontos, dependendo do cenário.
Caso houvesse uma disputa direta entre Allyson Bezerra e Styvenson Valentim pelo Governo, alguns pontos chamariam atenção:
- A polarização entre esquerda e direita poderia ficar em segundo plano, já que a rivalidade pessoal entre ambos — inclusive com brigas na Justiça — tende a dominar o debate.
- O amplo domínio que os dois exercem nas redes sociais transformaria a eleição em uma disputa não apenas por votos, mas também por cliques e engajamento.
- Ambos representam um novo perfil político, marcado pela conectividade e pela comunicação em tempo real.
- O confronto de estilos: Allyson apresentando sua gestão bem avaliada e Styvenson destacando suas emendas como exemplo de uso responsável do dinheiro público.
Por enquanto, tudo permanece no campo da hipótese. Allyson é candidato a governador, e Styvenson busca a reeleição ao Senado — só mudaria de posição caso Rogério Marinho desistisse.
Ainda assim, não é algo totalmente improvável. Pode ocorrer de Rogério compor uma chapa presidencial ou avaliar que Styvenson teria mais chances de derrotar Allyson, cedendo espaço em nome do conhecido pragmatismo rogeriano.