PT pressiona Walter por definição ainda esse ano e vice acha que não precisa decidir agora

Há um clima de forte insatisfação dentro do PT em relação ao comportamento do vice-governador Walter Alves. Embora o tema esteja sendo tratado com extremo cuidado, quase pisando em ovos, a revolta é grande diante das atitudes do vice, que não apenas travou os planos do partido ao acenar com a possibilidade de não assumir o governo, como também carimbou no peito da gestão a imagem de uma quebradeira geral do Estado.

A governadora Fátima Bezerra não deseja que esse ambiente de incerteza se prolongue na virada para 2026 e pretende pedir a Walter que apresente uma posição oficial ainda este ano. O objetivo é permitir que ela e o PT possam replanejar a rota, caso isso se mostre necessário.

Entre os governistas mais indignados, a queixa principal é que a governadora vinha, ao longo dos últimos meses, reduzindo as taxas de rejeição do governo, superando obstáculos e buscando realizar entregas ao Estado. No entanto, o noticiário passou a concentrar o foco nas finanças públicas justamente após Waltinho apontar o alvo.

Segundo esse grupo, dificilmente Fátima conseguirá recuperar a curva ascendente de aprovação observada nos últimos meses. Nem mesmo o início da duplicação da BR-304 seria capaz de provocar um movimento consistente de retomada da popularidade.

Para esses aliados, embora o quadro financeiro não seja tão desastroso quanto se propagou, foi a partir dos movimentos do vice-governador — ao ameaçar não assumir o governo sob o argumento de uma suposta quebradeira do Rio Grande do Norte — que a situação degringolou de vez.

O clima é de forte tensão, e o PT quer que Walter defina logo qual será o seu rumo. Mesmo que permaneça no governo, as relações estão profundamente desgastadas, e dificilmente a confiança mútua será restabelecida.

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