No momento em que o PT/RN discute a formação da chapa ao Senado em 2026, buscando um nome para compor com a governadora Fátima Bezerra, a possibilidade de questionar a pré-candidatura de Cadu Xavier ao Governo do Estado não entra sequer em pauta. Para o partido, esse tema está fora de negociação e é irreversível.
Hoje, a rigor, só existiria uma hipótese de Cadu deixar a disputa: se Walter Alves decidisse concorrer à reeleição. Fora isso, não há outra alternativa sequer cogitada. Fontes do governo são unânimes em afirmar que a pré-candidatura de Cadu está consolidada. E mesmo em relação a Walter, avalia-se que o tempo para essa decisão já passou, tornando o cenário improvável de mudança.
Enquanto parte da mídia insiste em levantar, a cada nova pesquisa, a possibilidade de substituição do pré-candidato por um nome mais competitivo, lideranças governistas reafirmam apoio a Cadu. Argumentam que, dentro do campo progressista, não há outro nome com melhor desempenho ou capacidade de unificar a esquerda.
As divergências sobre pesquisas também são constantes. Os governistas lembram que não era esperado um crescimento expressivo de Cadu neste estágio, a um ano da eleição, e consideram seus números compatíveis com o momento. Além disso, criticam os institutos que testam seu nome sem a associação direta a Lula. Nas sondagens internas, onde aparece como “candidato de Lula”, os resultados são considerados bastante positivos.
A convicção da governadora Fátima Bezerra é que, na reta final, o eleitorado potiguar se dividirá entre os dois principais palanques nacionais. Nesse cenário, Cadu deve atrair naturalmente os votos contrários ao bolsonarismo e chegar ao segundo turno da eleição estadual.