O presidente nacional do Partido Republicanos, deputado Marcos Pereira, anunciou oficialmente que a sigla não participará mais das negociações de fusão com o PP e o União Brasil. Segundo Marcos, a decisão foi tomada após ouvir deputados e senadores da legenda.
Em um comentário anterior neste blog, já havia expressado minha descrença em fusões neste momento, especialmente entre grandes partidos. Ninguém quer abrir mão de nada. São siglas com diversas lideranças, interesses regionais, além de recursos do fundo partidário e eleitoral, tornando o processo bastante complexo.
No Rio Grande do Norte, o Republicanos deve permanecer sob o comando do ex-prefeito Álvaro Dias. Por um tempo, especulou-se sobre o interesse do deputado Robinson Faria em se filiar à sigla e assumir o comando estadual. No entanto, Robinson buscava um partido já estruturado, com uma nominata competitiva e presença consolidada em todo o estado.
O grande entrave do Republicanos no RN é que Álvaro Dias atua como maestro, cantor e instrumentista ao mesmo tempo. O partido carece de uma nominata forte e de uma estrutura bem organizada. Esse cenário pode trazer desafios para Álvaro em breve, pois, caso sua intenção de disputar o governo do estado ou o Senado não se concretize, restará a ele a candidatura a deputado federal. Sem uma nominata competitiva, ele próprio poderá precisar buscar outra legenda.
