“Sou candidato ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2026”, reafirmou ontem, pela enésima vez, o senador Rogério Marinho em entrevista à FM 96, em Natal. O fato de que, em toda entrevista que concede, Rogério tenha que responder a essa pergunta já é algo que chama atenção.
Indagado sobre o fato de que, dentro do seu próprio grupo, há muitas vozes que não acreditam na sua candidatura, a resposta de Rogério foi lacônica: “Aguardem e verão.”
Para sustentar o que dizia, o senador afirmou que o PL está percorrendo o Estado e que, agora, no segundo semestre, vai apresentar ao Rio Grande do Norte um projeto de transformação. “Vamos apresentar os caminhos para o Estado”, declarou.
O que mais chamou atenção na entrevista foi a resposta dada por Rogério quando questionado se teria coragem de defender pautas impopulares, como é o caso dos servidores públicos:
“O eleitor vai ter que fazer uma escolha: se quer governantes que dão saltinhos e fazem vídeos ou se quer uma verdadeira mudança. Essa é uma escolha que terá que ser feita, e eu não vou fugir desse debate.”
Ficou no ar a dúvida sobre a quem ele se referia com a expressão “dar saltinhos e produzir vídeos”. Provavelmente, a indireta era ao prefeito Allyson Bezerra. A ironia, convenhamos, não costuma ser um bom tempero quando se tenta construir alianças.
Para finalizar, ao tratar sobre união, Rogério afirmou que a direita do RN está “unidíssima”, porque, segundo ele, “a direita é o PL”. O que existe, explicou, é a tentativa de diálogo com partidos de centro para ampliar o leque de ação.
Dentro desse raciocínio, o foco da direita potiguar é ter palanque e candidatura próprios em 2026. O senador deixou claro que não vê a direita sem candidato e sem palanque no próximo pleito. Como União Brasil e PP, segundo Rogério, não são partidos de direita, a ideia de abrir mão da candidatura está, portanto, descartada.
